Educação Sexual

Esta semana tem sido uma animação a nível sexual:

- num dia é o Governo espanhol a propor a liberalização do aborto, sem qualquer necessidade de justificação (é mesmo à la carte) a qualquer mulher e, no caso de adolescentes menores de 16 e 17 anos, sem necessidade de autorização dos pais;

- noutro dia é o nosso Governo a anunciar que vai voltar a distribuir preservativos à pala nas escolas secundárias, como se isso fosse a panaceia que irá resolver todas as lacunas da educação das crianças para a sexualidade. "Toma lá e usa antes que acabe a validade";

- no outro é o escândalo da professora de História que, numa dada escola em Espinho, parece que passava as aulas a descrever a sua vida sexual e a fazer comentários e insinuações acerca da virgindade das suas alunas.

É por estas e por outras que ninguém me convence que a Escola deve ser A responsável pela educação sexual dos adolescentes, até porque os professores não têm especial formação para lidar com este tema, tão delicado para ser falado durante esta fase do crescimento. Imaginem o que é alguém falar com os vossos filhos acerca deste tema e tentar incutir-lhes valores totalmente diferentes dos vossos. É que, por muito que se diga que os professores seriam apenas veículos transmissores de informação, iria chegar sempre a altura em que as suas convicções seriam manifestadas. Eu cá preferia falar com eles do que permitir que alguém pudesse criar macaquinhos na cabeça das minhas crianças!...

Confesso que não sei como resolver a questão - porque existe de facto um problema com que temos de lidar -, mas continuo a acreditar que as medidas avulsas que normalmente se adoptam não fazem mais do que descansar meia dúzia de pessoas, enquanto que o problema continua a avolumar.

Estou preocupada.